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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Que o começo não vem em primeiro lugar

Como terminou? Por que? Quando?
O fim sempre gera perguntas. Muitas mais que o começo. Ninguém pergunta “Como começou o filme?” Ou “Por que você começou o namoro?” Finais são muito mais importantes que começos. Eles podem salvar ou arruinar um filme, por exemplo. Um filme que começa mal e termina esplendoramente, é ótimo. Já um filme que começa muito bem e termina mal, é um fracasso, pra não dizer coisa pior.
Relacionamentos são a mesma coisa. Se o começo é bom, quando termina (nem vou dizer que termina mal porque seria redundância, porque se estivesse bom não terminaria...concordam?) tudo de bom que aconteceu é encoberto pelas lembranças amargas e pelos sentimentos negativos.
Existe aquela frase que diz que “No final, tudo fica bem. Se não está tudo bem é porque ainda não é o final.” Tudo mentira! E ainda tem gente que acredita e insiste em esperar pelo “Happy End”. Foram as histórias infantis com o seu “felizes para sempre” que criaram isso, e ainda tem adulto que acredita! Como acreditar que é verdade uma teoria presente em histórias onde vovozinhas são salvas de barrigas de lobos famintos e um beijo acorda a princesa, jovem ainda, depois de dormir por 100 anos? Na verdade, contamos essas histórias para que as crianças cresçam com um pouco de esperança de que as coisas podem ser resolvidas, mas nem sempre a solução é algo feliz ou, pelo menos, não pra todo mundo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Que nem sei o que dizer...

Mais uma vez a Igreja Católica nos dá motivo pra duvidar de seus parâmetros de julgamento. Dessa vez é sobre a ordenação de mulheres; tal fato só me faz perceber que abandoná-la foi a melhor coisa que fiz para minha fé.
De acordo com documento publicado tratando de punições para padres pedófilos, é também citada a ordenação de mulheres como crime grave. Crime grave assim como a pedofilia?!
Será que preciso dizer mais alguma coisa?
Gostaria de saber o que pensam que as mulheres têm de inferior a esses homens tão "confiáveis" que são ordenados!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Que triste é esquecer

Acho que é mal dessa fase - quando a gente não é velho ainda mas tem muitas memórias - esse sentimento de nostalgia. Sinto falta das férias com amigos e os campeonatos de bats em Tupã, das manhãs frias de Londrina nas salas velhas e escuras do CCH e o campus que sempre achei lindo...nele me sentia em casa. Sinto falta dos cafés da tarde com terapia em grupo só pras meninas: Lílian, Suzane, Débora, Camila; das madrugadas fumando na janela e falando baixinho com a Josi pra não acordar os vizinhos ou só pra que eles não ouvissem nossos segredos. Tenho saudade das manhãs em que saía a pé pra pegar ônibus no Shangrilá vendo suas casas imponentes e quando o vento gelado fazia doer atrás da orelha desprotegida pelo cabelo curto. Queria sentir de novo as borboletas no estômago ao encontrar aquela pessoa que tanto queria ver ou ao ouvir sua voz no telefone... sentir a culpa de cometer um pecadozinho de nada.
Tenho sentido falta daquele abraço apertado e reconfortante que só um amigo de verdade pode dar. De receber mensagens carinhosas do Felipe logo depois de deixar minha casa, ouvir “eu te amo” e perceber que você é especial pra alguém que não está com você todo dia, mas sente sua falta. Sinto falta de sofrer, ouvir Cássia Eller e reclamar da vida com o Yuri ou inventar receitas e sentar no chão pra tomar tereré. Lembro com saudade das noites bebendo e treinando o inglês do Paulo ou assistindo com ele às novelas sempre pronta pra fazer uma crítica, de varrer o quintal com o Rogério - pode alguém ter saudade de varrer o quintal? - um quintal enorme com 2 árvores na calçada, daquelas com as folhas pequenas. Ali, varrendo, a gente conversava sobre coisas banais, e fazendo muitas outras coisas banais construí amizades. Nunca fiz nada grandioso nos anos que a vida já me deu; nunca tive um grande momento como ganhar um prêmio, entrar na igreja com uma calda branca se arrastando e duas dúzias de flores nas mãos, nunca fui pro exterior, nunca saltei de paraquedas ou tive um filho. Entretanto, podia passar horas comentando instantes que sempre vou me lembrar: a mesma música que tocava no rádio voltando do Valentino com o Fernando “cause tonight, girl, it’s only you and me” parecia que era pra gente, uma letra triste e dois solitários voltando pra casa; minhas mãos geladas que só o Casé conseguia aquecer, os almoços com a Carla e seus pratos decorados, as quartas Cubanas com a Roberta sempre na mesma mesa do Vale, os cafés da manhã (minha refeição preferida) de domingo, acompanhada e com direito a flor colhida no caminho de volta da padaria, os amigos que socorreram no dia que levei um cano e o Yuri e eu brigamos e eu não queria voltar pra casa.
Muitas dessas coisas parecem tristes, e podem até ser, mas quem foi que disse que o triste não é bonito? Mais triste que viver, seria esquecer. Eu não quero esquecer e também quero que vocês se lembrem!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Que mãe é tudo igual, mas a minha é melhor!

Mães são uma questão contraditória: filhos reclamam que elas são todas iguais, mas na hora de defender, “minha mãe é a melhor mãe do mundo”.
Sinto pelos outros filhos, mas a melhor mãe do mundo é a minha, e vou provar! Compare com sua própria mãe.
Pra começar, exemplo de que mulher precisa ter vaidade, mas sem frescura. Fazer as unhas, usar salto, cortar, pintar, cachear e alisar os cabelos é divertido e bom pra auto-estima, mas precisa lavar a louça mesmo assim!
Apesar de ter fugido (literalmente) da escola - conta que pulava o muro pra matar aula - conhece o mundo nos livros que habitualmente lê. Hoje em dia, muito mais para espiritualizar-se e assim tornou-se uma pessoa muito mais compreensiva do que já era.
Cozinha, como a melhor mãe do mundo deveria fazer, todos os pratos que os filhos gostam. Até compartilha as receitas que reproduzo pra alegria de meus amigos.
Só pra deixar todo mundo com inveja: sua mãe arruma sua cama pra você ir dormir? Quando está frio ela estende as cobertas e repousa sua mão por baixo pra esperar esquentar e sentir se é o suficiente pra que você não passe frio? Eu acho que não! Nenhuma outra mãe faz isso!!!
Outra coisa que a melhor entre todas as mães precisa é ser amorosa. A minha gosta de abraçar, beijar e dizer que ama. Ela se emociona e chora sem vergonha nenhuma.
Me recebe como visita com simplicidade, mas com a atenção que toda visita merece. Sempre deixa o melhor pros filhos: “o bife queimado é meu”; faz sopinha pra quem fica doente, mingau pra quem gosta, outro prato pra quem não gosta da especialidade do dia, improvisa festa junina pra quem chora, cuida dos animais de estimação que a gente inventa de arranjar, dá presente mesmo que com pouco dinheiro, não tem medo do trabalho, dorme tarde e acorda cedo, está sempre alerta!
E hoje é um dia especial, é o dia dela. Pelo menos UM pra ela, já que todos os outros ela dedica a cuidar e pedir pelos filhos. Hoje eu peço por ela: Que tenha muita saúde e disposição pra ser também a melhor avó do mundo!