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terça-feira, 20 de abril de 2010

Que o que parece pior às vezes é melhor

Festa de aniversário de adulto, geralmente organizada pela mãe que quer fazer um agrado para o filho. Até aí tudo bem. Convidados íntimos já que era segunda-feira à noite, salgadinhos, refrigerantes e um bolo "Disseram que é muito bom." Lá fui eu dar um abraço no meu amigo. Aproveitar que esse ano veio passar esse dia aqui em Maringá. Duas quadras antes de chegar, percebi que a rua estava escura, uma senhora corajosa caminhava sozinha pelo meio-fio "Louca, essa aí andando nessa rua escura", pensei. Na quadra seguinte, virando a esquerda para descer até a penúltima rua do bairro olho para baixo e não vejo nada. Um breu daqueles que dá medo. Fui descendo cautelosamente para o caso de algum outro corajoso estar na rua. Cheguei à casa e alguns convidados na calçada, crianças improvisando uma fogueira no meio da rua e pessoas sentadas, inclusive o aniversariante, conversando na varanda. Até aí, tudo normal também.
Reunimos todos na cozinha para cantar parabéns. Um aniversário à luz de velas. Foi um tanto curioso notar que ao final do parabéns quando as luzes normalmente estão apagadas mesmo, ninguém disse "Acende a luz!" Todos já estavam habituados às velas espalhadas pela casa e foram fotos e mais fotos com todos os convidados, a comilança, o bolo realmente bom e... "e agora?" "Vamos sentar lá fora?" "Sim" Foram alguns para a varanda e outros para a sala. Daí então aconteceram coisas que antes não aconteciam, conversas interessantes, conversas entre pessoas antes separadas pela televisão sempre ligada, piadas, e então percebi porque naquele 19 de abril não havia luz naquelas 6 quadras do bairro: para que aquele aniversário fosse diferente dos outros.

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